A Ditadura Militar no Brasil

               É difícil fixar apenas um fator para explicar por qual motivo teve início a ditadura militar no Brasil. Podemos, no entanto, falar de uma série de fatores. Entre estes, destaca-se a situação econômica do país: diversos governantes se sucederam no poder (Dutra, Getúlio, Juscelino) sem que o problema econômico fosse resolvido. E pior, ele foi apenas agravado ao longo do tempo.O conturbado governo de Jânio Quadros também contribuiu para chegarmos ao golpe, pois a sua aproximação com o bloco comunista não eram muito bem vista internamente – em especial pelos setores mais conservadores: industriais, latifundiários, empresários, no geral etc. – nem mesmo externamente. Não podemos esquecer que os anos 1960 são o auge da Guerra Fria e os Estados Unidos não poderiam permitir mais uma nação comunista na América.O governo do João Goulart – que assumiu após a renuncia de Jânio – foi apenas o estopim para tudo isso; sua tradição de antigo líder sindical, assim como a sua história como ministro do Trabalho de Vargas, contribuíram para lhe criar uma imagem de um “líder comunista”. As famosas Reformas de Base, tão polêmicas à época, foram apenas a faísca que faltava para começar o incêndio. O golpe militar ocorreu dias após o anuncio do presidente quanto as tais reformas.
               Após o golpe, a cúpula das Forças Armadas assumiu as funções de governo, contando com o auxílio de uma parcela da população civil, com a qual dividiu parte do poder e dos privilégios. Os militares garantiam o controle social por meio do autoritarismo e da repressão policial.
               A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964, resultando no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por personagens afinados como uma revolução instituiu no país uma ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram o golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.
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               Os Atos Institucionais foram decretos emitidos durante os anos após o golpe militar de 1964 no Brasil. Serviram como mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, estabelecendo para eles próprios diversos poderes extra-constitucionais.
               O AI-5 (Ato Institucional número 5) foi  o quinto decreto emitido pelo governo militar brasileiro (1964-1985). É considerado o mais duro golpe na democracia e deu poderes quase absolutos ao regime militar. Redigido pelo ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva, o AI-5 entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do então presidente  Artur da Costa e Silva. O AI-5 foi um represália ao discurso do deputado Márcio Moreira Alves, que pediu ao povo brasileiro que boicotasse as festividades de 7 de setembro de 1968, protestando assim contra o governo militar. A Câmara dos Deputados negou a licença para que o deputado fosse processado por este ato.
                Foi dentro da ESG que se formulou os princípios da Doutrina de Segurança Nacional e alguns dos seus subprodutos, como por exemplo, o Serviço Nacional de Informações (SNI). Essa doutrina, que vai virar lei em 1968, com a publicação do decreto-lei no. 314/68, tinha como objetivo principal identificar e eliminar os “inimigos internos”, ou seja, todos aqueles que questionavam e criticavam o regime estabelecido. E é bom que se diga que “inimigo interno” era antes de tudo, comunista. Em março de 1947 o presidente estadunidense, Harry Truman, afirmou que os EUA estavam dispostos a conter o avanço comunista intervindo militarmente nos focos de perturbação. Qualquer agressão aos regimes simpatizantes a política externa dos EUA caracterizaria uma agressão a Segurança Nacional dos EUA. Além disso, para forçar os países latinos neutros, até então, a aderirem ao lado capitalista, o Secretário de Defesa estadunidense, J. Foster Dulles, afirmou ser a neutralidade uma degradação moral. No Brasil, Golbery de Couto e Silva criou o Serviço Nacional de Informações (SNI) para eliminar os "inimigos do regime", assegurando a segurança nacional. Outro ponto que liga os EUA ao Brasil na época do regime militar era a Escola Militar das Américas, que formava militares especialistas em técnicas de contra-guerrilha, tortura científica e interrogatório. No Brasil, foram formadas 355 pessoas. Essa doutrina foi muito influente na história brasileira recente.
                O (AI-1) permitiu o inicio da perseguição política e da censura. Mas foi com o (AI-5) que aumentou a tortura, as prisões e as execuções. Essa época foi chamada de ''anos de chumbo'' pois foi o período mais rigoroso da ditadura militar. A vida dos militantes do Partido Comunista Brasileiro(PCB) na ditadura militar, era muito rigorosa, porque havia prisões arbitrárias, tortura cruel e implacável, morte e sumiço definitivo, perda de companheiros e a perda da família. Jornalistas e estudantes também foram presos por serem contra o golpe. Os músicos também eram presos por as letras de suas músicas serem contra a ditadura. Eles além de serem presos, eles eram torturados e alguns eram executados.
               As proibições impostas pela censura também faziam parte da Doutrina de Segurança Nacional. A censura foi instaurada oficialmente pelo decreto-lei nº 1077, de janeiro de 1970. De acordo com esse decreto, ficava proibida a divulgação de obras que contivessem conteúdos considerados subversivos e que colocassem em risco a segurança nacional. Na prática, a censura já era exercida desde 1967, quando foi criada a Lei de Imprensa, porém, ao longo dos anos a censura atingiu todos os meios de comunicação. Programas de televisão e de rádio, jornais, revistas, livros, letras de músicas, peças de teatro, filmes, enfim, quase toda a produção cultural e intelectual brasileira e estrangeira, que desejasse entrar no Brasil, tinha que passar pelo crivo da censura. Conteúdos que criticassem ou transmitissem uma visão negativa do regime, alinhados ou não com a ideologia comunista, eram considerados impatrióticos e, então, censurados. Redações de jornal, bascas de revistas, livrarias e editoriais foram fechadas e muitas vezes se tornaram alvo de violentos ataques dos militares.
               Ao mesmo tempo em que proibia a circulação de informações e ideias consideradas impatrióticas, o governo divulgava massivamente a sua própria ideologia por meio da propaganda nos meios de comunicação e de instituições educacionais.

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               Arte engajada é aquela em que o artista usa seu talento, a partir de diferentes linguagens, para transmitir seus pensamentos, sua atitude para protestar contra algo que considera errado, ou então como forma de denúncia.
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                  No início da ditadura, quase todos os jornais de esquerda foram fechados pelo governo. Os veículos de comunicação que permaneceram em atividade, como jornais, revistas, noticiários de rádio, cinema e televisão, foram vítimas de uma rígida censura. Muitas editoras de livros e escritórios de redação de jornais que transmitiam ideias de esquerda ou consideradas inadequadas pelo governo sofreram duras intervenções, como o recolhimento das edições impressas e a prisão de seus editores. Diversos jornalistas fundaram periódicos pequenos, que acabaram por obter grande aceitação do público. Para conseguir transmitir as informações censuradas à população, alguns jornalistas utilizavam mensagens cifradas. Além disso, muitos jornalistas utilizavam o humor para criticar o regime militar.
               movimento estudantil é um movimento social da área da educação, no qual os sujeitos são os próprios estudantes. Caracteriza-se por ser um movimento policlassista e constantemente renovado, uma vez que o corpo discente se renova periodicamente nas instituições de ensino. Sua tarefa mais importante é a luta pela Educação e pela transformação da universidade.
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Tarso de Castro

Tarso de Castro (Passo Fundo, 11 de setembro de 1941 — São Paulo, 20 de maio de 1991) foi um dos grandes jornalistas brasileirosdos anos 60, 70 e 80.É filho do diretor e consolidador do jornal O Nacional, de Passo Fundo, Múcio de Castro. Foi o criador do caderno Folhetim da Folha de S.Paulo. Foi também um dos fundadores do polêmico jornal O Pasquim, do qual foi editor por 80 edições, juntamente com Jaguar, Sérgio Cabral, Luiz Carlos Maciel, dentre outros. O jornalista Tom Cardoso escreveu sua biografia, Tarso de Castro -75 kg de Músculos e Fúria, lançada em 2005 pela editora Planeta.Tarso de Castro era alcoólatra e não admitia se tratar, e morreu de cirrose hepática aos 49 anos de idade.É pai do comediante João Vicente de Castro.
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Charges contra a ditadura

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A resistência armada
      A luta armada foi uma das formas de reação popular contra a violência do regime militar. Durante o governo Médici, entre 1969 e 1974, o regime militar se caracterizou pela violenta repressão aos seus opositores, pela forte censura aos meios de comunicação e pelo rígido controle da sociedade. Nesse contexto, a luta armada tornou-se cada vez mais uma importante alternativa de resistência ao regime.
     guerrilha urbana ocorre quando uma força estabelecida - como o Exército ou a polícia, confronta-se com uma força de guerrilha que faz uso de táticas de guerra adaptadas ao meio urbano. Resultado da industrialização, o fenômeno tomou forma a partir da aglomeração de pessoas, que originou os centros urbanos. Dentro deste contexto, técnicas que antes eram apenas utilizadas em campos de batalha passaram a ser aplicadas no ambiente das urbes.
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Milagre Econômico ou "milagre econômico brasileiro" é a denominação de um período da história do Brasil que durou de 1968 a 1973.
Esse período foi caracterizado por aceleração do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), industrialização e baixos níveis inflacionários.
Entre as explicações para a ocorrência do milagre econômico está o Programa de Ação Econômica do Governo (Paeg). O programa foi instituído na gestão do presidente Castelo Branco (1900 - 1967), primeiro governante do período da ditadura militar.
O Paeg previa incentivo às exportações, abertura ao capital exterior, bem como reforma nas áreas fiscal, tributária e financeira da economia nacional. Já em 1967, contudo, na gestão de Artur da Costa e Silva (1899 - 1969), demonstrava sinais de esgotamento.
Foi no governo do presidente Emílio Médici (1905 - 1985), que o milagre econômico chegou ao ápice.










































































As ditaduras na América Latina se estabeleceram no período em que a ordem internacional sofria pelos enfrentamentos da Guerra Fria. Na época, os Estados Unidos desenvolveram uma série de mecanismos de combate ao expansionismo comunista. Já nos anos 1950, fora estabelecida pelas autoridades do país a Doutrina de Segurança Nacional, cujas diretrizes procuravam combater o “perigo vermelho” dentro e fora do território norte-americano.
No entanto, a despeito de tais esforços, grupos de esquerda e simpatizantes da causa comunista floresceram em diversas nações do continente. Frente a isso, e não raramente com auxílio estadunidense, forças conservadoras se mobilizaram nessas regiões e, atendendo a demanda de diversos setores da sociedade civil, apoiaram a instituição de governos militares. Através de golpes de Estado sucessivos, a América Latina assistiu nos anos 60 e 70 a ascensão de inúmeras ditaduras militares.
Se por um lado são evidentes as relações entre tais golpes militares e os interesses do capitalismo norte-americano, por outro é igualmente inegável o apoio despejado por boa parte da população latino-americana à chegada ao poder desses governos. Acreditava-se que somente através de administrações fortes, comandadas pelo ímpeto dos militares, estaria garantida a urgente defesa contra a ameaça comunista.Neste sentido, podemos verificar um espantoso número de movimentos civis que se proliferaram em favor das intervenções militares em boa parte do continente. Muitos desses foram arquitetados por setores da classe média, do empresariado nacional, das oligarquias locais e até mesmo da Igreja Católica, temerosos que o exemplo de Cuba viesse a se espalhar por nações vizinhas. 


Abertura Política foi o nome dado a uma série de ações cujo objetivo era realizar uma transição lenta, gradual e segura para a democracia nos últimos dois mandatos do regime militar no Brasil.
Entre os anos de 1964 e 1974 o regime militar esteve na mão de três generais e viveu seu período de maior endurecimento. A partir da edição de uma série de Atos Institucionais, Castelo Branco, Costa e Silva e Médici promoveram o combate aos partidos, militantes e organizações de esquerda através da censura, da perseguição política e até mesmo da tortura e da execução. Devido ao prolongamento daquilo que deveria ter sido uma rápida intervenção do Exército e tornou-se uma longa ditadura, diversos movimentos de resistência surgiram em busca do retorno à democracia no país. O embate entre governo e oposição durante esses anos foi marcado por diversos episódios, tais como as greves de Contagem e Osasco, as manifestações da União dos Estudantes (UNE) e a atuação de diferentes grupos de guerrilha urbana (como a Aliança NACIONAL Libertadora - ANL) e rural (como a Vanguarda Popular Revolucionária - VPR), sem contar com a participação de expressiva ala da Igreja Católica.


Manoel Fiel Filho




Fim da ditadura militar no Brasil

Os ventos da mudança começaram a soprar às 12h25, quando emissoras de rádio, televisão e as agências de notícia – com seus extintos e barulhentos aparelhos de telex – começaram a disparar os detalhes do acontecimento mais esperado das últimas duas décadas: o ex-governador de Minas, o civil Tancredo Neves, da Aliança Democrática, fora eleito naquele instante o novo presidente do Brasil, vencendo o candidato do PDS, deputado Paulo Maluf, por uma diferença de 300 votos.
Foram apenas 660 votos válidos e 26 abstenções. O suficiente, em um Colégio Eleitoral até então obediente aos generais de plantão, para tornar o 15 de janeiro de 1985 o marco histórico que encerraria o ciclo militar iniciado em 1964, abrindo caminho para a esperada redemocratização. Um Congresso ainda amedrontado comemoraria discretamente, com aplausos e poucos gritos de “viva a democracia!”, a primeira grande vitória depois de 21 anos de ditadura e mordaça. Era um acontecimento político de vulto.
O Brasil de 30 anos depois deve muito à genialidade política do mineiro Tancredo Neves que, mesmo atuando com casuísmo nos bastidores do regime quando a emenda Dante de Oliveira ainda era uma esperança, fez a costura política que permitiu – sem tiros nem rupturas, como dita o jeitinho brasileiro – a troca da ditadura por um regime de liberdade política tão ampla que até a extrema direita hoje tem o direito de berrar nas ruas pela volta dos militares.
Fortalecido pela campanha das Diretas Já e aceito pela caserna para cumprir a transição sem ameaças, Tancredo venceu Maluf facilmente, mas perderia para a doença que três meses depois o matou, sem deixar que assumisse a presidência. Resultado dos compromissos feitos em campanha, seu vice, José Sarney, convocaria a Assembleia Nacional Constituinte e eleições diretas para todos os níveis de poder. Sob a luz de uma nova Constituição, em 1988, o país começaria a se livrar do entulho autoritário.

Leonel Brizola

Curiosidades
1. Guerrilheiros capturados no Araguaia foram decapitados. Em 1972.
2. Em 1969, os militantes da VAR-Palmares ficaram pasmos ao terminar de contar o dinheiro conseguido em um assalto a um dos cofres do ex-governador paulista Adhemar de Barros Filho, guardado na casa da amante do político, no Rio: havia 2,5 milhões de dólares na "caixinha do Adhemar".
3. Esse dinheiro financiou boa parte das ações da luta armada da oposição.
4. Nem a amante, nem a família jamais reclamaram o dinheiro, dizendo à polícia que o cofre fora roubado vazio. A fonte da riqueza: negociatas ilegais com bicheiros.
5. Um dos generais mineiros que participou do golpe contra João Goulart em 1964, Carlos Luiz Guedes mandou avisar que começaria a rebelião no dia 30 de março porque era "o último dia de lua cheia" e completou: "não tomo nenhuma iniciativa na minguante".
6. Julio de Mesquita Filho, dono do jornal O Estado de S. Paulo, e Vicente Rao redigiram o primeiro Ato Institucional da ditadura.
7. Gilberto Gil fez quatro músicas enquanto estava preso. Uma ele esqueceu. As outras foram "Futurível", "Vitrines" e "Cérebro Eletrônico".

Os anos da Ditadura Militar no Brasil (Record News)






Biografias:
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/historia-ditadura-militar-no-brasil/
Livro de História - Vontade de Saber - 9º ano - página 270
http://www.sohistoria.com.br/ef2/ditadura/
http://oridesmjr.blogspot.com.br/2011/06/os-militares-no-poder.html
http://www.historiadigital.org/curiosidades/6-atos-institucionais-do-regime-militar/
https://www.suapesquisa.com/ditadura/ai-5.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_de_seguran%C3%A7a_nacional_(Brasil)
http://ai5anosdechumbo.blogspot.com.br/2009/10/prisoes-torturas-e-perseguicoes.html
http://www.sohistoria.com.br/ef2/ditadura/
https://brainly.com.br/tarefa/7636004
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/ditadura-militar-1964-1985-breve-historia-do-regime-militar.htm
http://resumodachuva.blogspot.com.br/2015/03/o-verdadeiro-humor-e-aquele-que-da-um.html
https://dcedaunic.wordpress.com/o-que-e-movimento-estudantil-e-como-ele-se-organiza/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_estudantil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tarso_de_Castro
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/a-vida-extra-ordinaria-de-tarso-de-castro
http://participardapolitica.blogspot.com.br/2016/04/charges-ditadura-militar.html
https://www.infoescola.com/sociedade/guerrilha-urbana/
https://sites.google.com/site/aeradoregimemilitar/resistencia
https://www.todamateria.com.br/
http://educacao.globo.com/historia/assunto/guerra-fria/ditaduras-na-america-latina.html
https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/abertura-politica/
http://ultimosegundo.ig.com.br/
http://www.diariodocentrodomundo.com.br
https://www.buzzfeed.com/clarissapassos
https://www.youtube.com/watch?v=bukJvTdhibE


Ana Carolina e Jéssica Luiza

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